Mas, por mais que o faça, jamais conseguirá apagar a nódoa que foi a recusa da pensão a Salgueiro Maia.
Dirão que mais vale tarde que nunca e que a assumpção de um erro dignifica quem o faz.
Contudo, aos olhos do povo, foi um gravíssimo acto, e ainda por cima, se comparado, como na altura foi destacado, com a atribuição de pensões a dois inspectores da sinistra PIDE um dos quais envolvidos nos disparos da António Maria Cardoso em 25-04.74.
Poderão desculpar, agora, Cavaco Silva mas ninguém vai nunca esquecer a atitude então tomada.
E Salgueiro Maia mantém-se e é exaltado como exemplo .
Ele, de certeza, fica na História de Portugal.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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