Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
domingo, 1 de dezembro de 2013
1640, 1º. de Dezembro
É verdade, assumo-me como nacionalista naquilo que é mais importante - a preservação da cultura de um povo.
Conseguimos a nossa independência no Sec. XII, e assim nos mantivemos ao longo da história com um interregno, o filipino, porque culturalmente somos diferentes do povo com que fazemos fronteira.
Mas, no dia de hoje, fundamentalmente no dia de hoje, já depois de ter exaltado, no FB, D. Filipa de Vilhena, a portuguesa mãe que armou aos filhos cavaleiros para que dessem a vida pela Pátria ( nos nossos tempos diriam mais facilmente : Oh, filho, não te metas nisso porque podes arranjar problemas para o teu futuro...), recordo ainda outra mulher, a D. Luísa de Gusmão, que perante a vacilação de D. João de Bragança (o futuro D. João IV) lhe terá afirmado : "Antes rainha por um dia que serva toda a vida...!".
E recordo também as divisões que existiram nas elites do tempo, fundamentalmente na aristocracia portuguesa, em que uns apoiavam a causa nacional e outros, a melhor recato, se mantinham do lado do ocupante. Nisto certas elites não mudam...
Tal como recordo que após a morte e defenestração de Miguel de Vasconcelos, o representante do poder estrangeiro que dominava o nosso país, foi perguntado à Duquesa de Mântua se queria sair pela porta ou galgar, também, pela janela...
Estamos quase a 4 séculos de distância mas, terrivelmente, continuamos a assistir a situações idênticas.
Migueis de Vasconcelos e Duquesas de Mântua continuam a existir por cá mas conjurados com vontade de mudar a situação, efectivamente, é que parece existirem ainda poucos.
A vontade de descaracterização desta data, porque nacional, levou inclusivamente à perca de categoria de feriado do dia de hoje. Há quem se sinta ufano por afirmar que vivemos em protectorado.
Não estamos, afinal, muito longe de 1640. Necessário é que existam mais fenómenos como o Manuelinho de Évora e apareça um D. Antão de Almada que disponibilize a casa para a conjura.
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