terça-feira, 30 de setembro de 2008

Deve ser uma dura lição

Para a grande maioria dos economistas de direita e centro-direita, estes últimos dias têm significado o estertor das suas ambições e daquilo que sempre representaram.
Para eles, o terem de se sujeitar, de novo, à supremacia da Política em detrimento da Economia, e fundamentalmente pelos péssimos serviços prestados à comunidade, é um verdadeiro golpe de misericórdia nas suas aspirações de manterem o Todo-poderoso Deus Mercado a governar o Mundo e os Homens e a encherem os bolsos à custa dos mesmos.
Quem disse que as idealogias tinham morrido ?
À pala dos economistas voltaram e se calhar para ficar e com mais força.
Quem boa cama faz em boa cama se deita.
"É a Política estúpido !"

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ana Sara Brito

Felizmente ainda há autarcas com sentido ético.

Aquelequeviu

Não posso queixar-me dos visitantes do meu blog, embora conheça alguns "bloguers" que se têm queixado de intromissões menos agradáveis.

Talvez por o Vermelho Côr de Alface ser relativamente novo nunca tive problemas e, antes pelo contrário, agradeço sempre a quem me visita.

Vem este "post" para agradecer uma amabilíssima entrada de "Aquelequeviu", que, no entanto, não me deixou margem para entrar em diálogo com ele, porque, apesar dos meus esforços, não consigui o endereço para retorquir.

Se cá voltar dê-me uma dica.É bom trocar impressões e experiências.

domingo, 28 de setembro de 2008

Perdi a cabeça e comprei um

E não é que é útil ?
Antes de ser popularizado, hoje em dia, por toda a gente que pede ( ou vende pensos ou vende o Borda d'Água), esta publicação sui-generis ( será assim que se escreve ?), faz parte da minha memória de criança, quando ouvia os verndedores no Rossio, no tempo em que a Baixa era o centro do comércio e serviços de Lisboa, mas não só o Borda d'Água, também o jornal do Gaiato, os jornais vespertinos, a parada dos meninos da Fragata D. Fernando e Glória, etc.
Se tenho saudades desse tempo, não!
Mas, bolas, chego à conclusão que estou mesmo a ficar velho.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Até amanhã se Eu quizer...

Era assim que terminava uma velha anedota sobre Deus nos tempos da minha juventude.
Mas bem se podia aplicar ao caricatíssimo artigo da autoria de João César das Neves, no Diário de Notícias de hoje : "Deve ser horrível ser Deus".
Para quem acredita, tal texto, uma charada cómica que faria rir a bandeiras despregadas os alunos mais atrasados do 5º. ano do ensino obrigatório, deve levar a maioria a meditar se continuam a acreditar.
Se Deus existisse, ele (João César das Neves ) certamente seria impedido de escrever sobre estes assuntos. E ele (JCN) continua a escrever . Daí...
É a isto que levam os extremismos. Uma pena.

domingo, 21 de setembro de 2008

Palhaçadas

Nem vale a pena comentar muito.
Os senhores juizes estão a brincar com um povo inteiro.
Digam agora que a culpa é da lei.
Não há dúvida que existe um braço de ferro.
Venha agora o Presidente do Supremo tentar branquear a situação ( foi lastimável a entrevista deste senhor à Sic ).
Venha o Presidente da República pedir entendimentos onde se vê, claramente, que os juizes não os desejam.
Como disse há dias, estão a fazer de nós palhaços, apesar de existiram muitos a fazer palhaçadas, julgando que ganham alguma coisa com a situação.
E a situação não tem grande forma de se resolver dada a situação específica dos juizes que são agentes quase inimputáveis, corporativamente defendidos pela sua classe.
Ou por outra, tem, mas só com uma valente vassorada nas cúpulas dirigentes, e com a assumpção por parte do poder político de que o problema tem mesmo que ser resolvido e alterar a Constituição no que diz respeito às prerrogativas desta classe .
Uma situação democráticamente chocante.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Manuel Alegre

Pela muita consideração e simpatia que nutro por Manuel Alegre, sobretudo como poeta e como resistente, e com o qual me identifico em muitas posições e opções políticas, não posso deixar de verberar a sua recente conduta no que respeita às questões que tem levantado no partido a que pertence.
Como já afirmei não sou filiado no PS e talvez por isso tenha mais facilidade em olhar os assuntos com maior independência.
Manuel Alegre apresenta-se, actualmente, perante o país como um "enfant terrible" do PS. Uma pessoa que actua, políticamente, na lógica de um Francisco Louçã . Talvez não seja dispicienda a sua recente aproximação às realizações daquele grupo político. Mas em nada o beneficia.
Manuel Alegre tem todo o meu apoio no que respeita à liberdade de voto dos deputados e à sua liberdade de consciência, mas anda mal quando lança diatribes à JS, onde, segundo consta, a sua influência é pequena ou quase nula. Aliás, como no resto do partido, segundo parece.
Ouvir um jovem (JS) desafiar o velho político, quase que o chamando à atenção por os querer calar, num assunto que tem a ver com as Liberdades e Garantias de uma parte da população(casamento dos homossexuais), e sobre o qual não me recordo do poeta ter tomado pública posição, ,soa-me a inusitado mas foi o deputado que se colocou nessa situação. Seja grande ou pequena a fatia da população que quererá ver esse asunto resolvido não interessa, porque não deixam de ser Liberdades e Garantias constitucionalmente aceites, e, condenável, porque pelas suas palavras será, parece, um assunto menor, e só a Lei Laboral e assuntos semelhantes são importantes.
Já agora seria interessante saber o que Manuel Alegre pensa soubre o tema.
Que diria Manuel Alegre se a JS começasse a gritar o slogan que mais distinguiu o poeta :"Não nos Calaremos !"
Terá Manuel Alegre necessidade disto no ocaso da sua vida política ?
Creio que não e só perderá com tal situação, o que muito lastimo.
Até porque não foi o único a fazer opções mais à esquerda dentro do PS, e que tiveram a coragem de romper. Haja memória :
Foi o caso do saudoso Engº. Lopes Cardoso e da sua UEDS. Nessa altura Manuel Alegre ficou no partido junto a Mário Soares, não alinhou com a rutura que parece querer fazer agora ou levar outros a obrigá-lo a fazer.Como também não alinhou com a rutura de outro histórico, Salgado Zenha, ficou também ao lado de Mário Soares.
Estas palavras não retiram nem um pouco ao meu positivíssimo conceito sobre Manuel Alegre, mas se não o fizesse, poder-se-ia pensar, por omissão, que estaria de acordo.
PS.: É claro que ninguém me perguntou, mas é para memória futura.

Casamento de homossexuais

Não é segredo para ninguém que a recusa da Direcção do PS, em dar luz verde à aprovação do Lei sobre o casamento de homossexuais, é resultante de mera estratégia política, por um lado, porque não quere ir a reboque do BE, por outro, porque teme um juizo punitivo da sociedade portuguesa onde persiste uma conservadoríssima concepção sobre estes temas.
É o pragmatismo, tentando reduzir ao máximo as eventuais armas de arremesso político que a direita poderá vir a utilizar junto do eleitorado, e também a assumpção de que, numa época de dificuldades, não há razão alguma para ir abrir mais uma situação de rotura com a maioria do eleitorado.
Por outro lado, um partido que tem tido a coragem de realizar tarefas de indiscutível significado, não deveria ter receio de avançar com a liberdade de voto aos seus deputados, primeiro porque é um assunto de concepção pessoal,segundo, porque os deputados devem, sobretudo, ser livres na sua apreciação dos problemas.
Dito isto, e quanto à essência do problema, o casamento dos homossexuais, e partindo dos princípios constitucionais, por um lado, e dos princípios de ordem pessoal, por outro, sou absolutamente favorável ao reconhecimento desse direito e, mais, aceito perfeitamente a possibilidade de adopção por parte dos intervenientes.
A capacidade de amar, de proteger, de desenvolver, etc, não tem sexo.
A possibilidade de viver feliz também não.
É claro que hoje, porque não quero ser acusado de perseguição, não comento as posições, sobre o assunto, da hierarquia religiosa.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Coerências

1.Acerca do preço dos combustíveis, quem mais se assanha hoje, face aos preços praticados em Portugal, foi quem promoveu e lutou pela sua liberalização. Pelos vistos só mercado não é bom...
2.A propósito ouviram já o Dr. António Borges, insigne economista, e activo vice do PSD, com gosto pelas conferências de imprensa, fazer algum comentário à situação da Banca Internacional, e à economia de casino promovida pelos grandes Bancos, mormente aquela instituição americana de quem ele foi durante tanto tempo Vice-presidente, a Golden Sachts, que parece não estar , também, em grande situação ?
3.Estar na oposição e falar não é a mesma coisa que estar no governo. Que o diga o Dr. Vieira da Silva e o seu Código de Trabalho .
Isto hoje foi só um cheirinho.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Lei do Divórcio reaprovada

Vitória de Pirro, das forças conservadoras e da Igreja Católica,foi aquilo que chamei ao veto presidencial relativamente à Lei do Divórcio.
O Bispo D. Carlos Azevedo bem poderá, já, desatarrachar o sorriso irónico e o D.Jorge de Braga, mandar às "ortigas" os seus conselhos e pensamentos.
Ficam a aprender que a sua influência perniciosa tem os dias contados.
A Assembleia de República, numa generalidade, cumpriu o seu papel sem deserções face à primitiva votação de aprovação(A esquerda votou unida com apenas 1 voto contra no PS; do PSD houve 11 votos a favor e 6 abstenções).
Cabe agora ao Presidente da República promulgar a lei, o que, não sendo obrigado constitucionalmente a fazer, dado que, face às alterações, a Lei a ser apresentada, é considerada Lei nova, não deverá, contudo, querer entrar em querela com a forte maioria da Assembleia da República e ter de de vir a promulgá-la mais tarde, numa terceira apresentação. Seria um erro político muito grave e Cavaco sabe-o.
Assim limpará a má imagem que deixou aquando do veto político, ou então, e há quem o diga, agradecerà a forma como o ajudaram a contornar a dificuldade de perante o seu eleitorado habitual, proceder à promulgação : FUI OBRIGADO!
A partir daí Portugal será um país mais civilizado.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Realidade dura

Morremos por estarmos a mais
e estar a mais é ir morrendo em cada dia.

"Deambulações oblíquas" de António Ramos Rosa, pag.16

sábado, 13 de setembro de 2008

Fundação ResPública

Tem-se levantado ultimamente na comunicação social mais uma tentativa de agravar situações dentro do PS.
Vem ao caso a Fundação ResPública, recentemente lançada com o patrocínio do Secretário-Geral e de mais 79 fundadores, pessoas gratas ao Partido, mas onde não se encontra incluído o deputado Manuel Alegre.
Ora, sabendo que o próprio Manuel Alegre foi o fundador de uma tendência dentro do próprio Partido, onde só militam os camaradas que o seguem,( se estiver errado que me perdoem), e patrocina o CNOS-Corrente de Opinião Socialista que promove tertúlias de discussão política, o que é relevante, além de um jornal na internet, o OPS, o que também é relevante, não se vê que fosse coerente a sua intervenção na ResPública, dado que nela se encontram os outros que ele contesta politicamente.
Não sendo do PS, o que eu me congratulo é que exista um Partido que esteja suficientemente vivo para que crie no seu interior organizações que discutam e publiquem as suas conclusões.
E no fim, quando for necessário decidir sobre os rumos das políticas, que se vá a votos e quem ganhar tenha a legitimidade de prosseguir essas mesmas políticas, sem ser contestado interna e/ou publicamente por quem perdeu o sufrágio, (ou a Democracia seria uma batata).
Quanto ao resto, é aquilo que a gente sabe:
Os jornais precisam de vender e muitas vezes de envenenar.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sarah Palin

Há uns dias atrás disse que não aceitaria jantar com esta senhora porque ela representa tudo o que eu abomino.
Eis que a dita resolveu dar-me mais um motivo para confirmar o que disse.
Então não é que a extraordinária senhora considera a possibilidade de declarar guerra à Rússia ?
Claro que a guerra era longe dos States, talvez na Europa ...
No aniversário do 11/9 os "falcões" americanos mostram que não aprendem nada...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Baptismo laico ?

Tive aqui há dias, através da televisão, conhecimento de que, em Espanha, estariam autorizados (?) os "baptismos laicos".
Sou visceralmente contra tudo o que seja "macaqueação".
Baptismo laico é uma macaqueção do baptismo religioso, primeiro sacramento que assinala a entrada num grupo religioso de determinada pessoa, independentemente da idade que tenha no momento.
Posso compreender o que pretenderão os promotores e até, noutras circunstâncias, poderia achar coerente. Mas "Baptismo laico" é uma pobre imitação de algo que poderia ser sublime para um cidadão ou aspirante a tal.
Se me disserem que poderá ser promovida uma cerimónia de "Afirmação" de uns pais, com testemunhas que podem ser padrinhos ou turores, de que pretendem que o seu filho venha a cumprir os desígnios das declarações Universais de Direitos, em particular os Humanos, nada tenho contra, até posso aplaudir.
Que, quando mais velho, a criança possa fazer essa "Confirmação" como acto cívico de acordo com o desejado anteriormente, também não vejo mal, mas não vou chamar-lhe "Crisma laico".
É que fundamentalmente, ao"macaquear" as religiões estão-lhes a dar a importância que cada vez menos têm ou já não têm. Estão a imitar como que tivessem o desejo de as substituir no acto, e não é disso que se trata.
Uma cerimónia que poderá ser linda na confirmação de desejos dirigidos à sociedade, ao homem e ao Mundo, ficarà à partida manchada, até por uma certa subserviência a códigos que nada têm a ver com a função.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

10 de Setembro de 2008

Na véspera de um dos maiores crimes que a História sempre recordará, mas também dos muitos mais crimes que se lhe seguiram, a Ciência, isto é, a inteligência humana, inicia, na Suiça, uma esperiência crucial para explicar o Big-Bang, e com ela enterrar de vez aquilo a que que se instituiu chamar de Criacionismo.
Claro que isto não é o fundamental. O fundamental são os avanços que vão ser proporcionados à própria Ciência com o fito de melhorar a existência dos humanos e do mundo que nos cerca.
Mas esperamos , já, o estrebuchar das Religiões do Livro e outras que assentam no divino o fenómeno da criação do Universo.
Mas também não será assunto de preocupação geral. Os responsáveis religiosos que se mantenham nas cogitações sobre a forma de como hão-de dar a volta ao assunto, que a humanidade continuará à espera que os outros, os das resoluções sobre a vida no Mundo de hoje e de amanhã, os que pensam sobre o que a ciência nos dará de melhor para benefício terreno das necessidades dos Povos e do Ambiente, lhes poderão vir a proporcionar.

sábado, 6 de setembro de 2008

No carro eléctrico nº.28

Vem hoje na revista do DN uma reportagem sobre os assaltos perpetrados nesta linha, principalmente ao turistas que têm a pouca sorte de nele entrar.
Posso falar de tal assunto porque, há coisa de uns meses, assisti e intervim numa dessas situações.
Dois rapazinhos estavam a tentar limpar a carteira que um alemão trazia no bolso das calças.
Sentado no banco dos palermas, à rectaguarda, fui assistindo paulatinamente, eu e os outros, ao jogo do empurra entre os dois meninos, até conseguirem isolar o pobre do homem dos amigos que o acompanhavam.
Empurrão daqui, encosto dali, o bolso à disposição da mão, a paragem que estava a chegar e quando iam a meter a luva, este vosso amigo avisou so senhor, em inglês, "CUIDADO COM OS CARTEIRISTAS !..."
De imediato o senhor meteu a mão ao bolso, segurou a carteira e olhou em volta.
O comparsa do "mãozinhas" correu para a porta e saltou para o passeio, uma vez que tinhamos chegado à paragem. O "mãozinhas" ao ver-se descoberto, em vez de se pôr na alheta, resolveu tirar desforço do maldito denunciante e uma vez que ainda estavam a entrar passageiros e a porta da rectaguarda ainda estava aberta, tentou agredir-me, "maldito velho!", mas falhou e levou um calduço de raspão da minha lavra; não contente, e já no passeio, ainda tentou a pontapé atingir-me, já que me tinha deslocado para a porta, mas também falhou como falhou a minha resposta com um chuto.
A porta fechou. O nº.28 continuou a sua marcha, ouvindo eu os impropérios dos malandrins, e retornei ao meu lugar.
Os restantes passageiros, que tudo tinham visto, incluindo a dança dos meninos para limpar o alemão, olharam para mim com um olhar incrédulo.
Este velho tinha desmanchado o golpe dos putos.
O Senhor ao meu lado, que como eu assistira à função, disse-me:
-Isto é uma miséria. Estes gajos fazem o que querem conosco a ver...
Aí eu perguntei-lhe:
-Mas o senhor estava a ver e mais perto do alemão do que eu.Porque não falou ?
Retorquiu-me:
-Ah, sabe, eu sou de Lisboa mas vivo há muitos anos na Madeira...
Nem lhe respondi.
Mas fiquei a saber porque é que no carro da linha nº.28 os turistas e os nacionais são tão assaltados:
-Porque os lisboetas são cobardolas e uns individualistas e só se queixam quando lhes toca pela porta.
Não é comigo não me meto...!
Pois é, e depois digam que eu tenho mau feitio...

Aceitarias jantar com Sarah Palin ?

Se me fizessem tal convite pensaria certamente duas vezes :
A primeira para descobrir como haveria de não ser indelicado;
A segunda para dizer um rotundo NÃO !
Sarah Palin represente tudo o que eu abomino :
1. É contra o aborto, mesmo por mal deformação do feto ou por violação. Só o aceita se a vida da mãe corre perigo, o que não deixa de ser uma hipocrisia .
2. No que se refere ao ambiente não considere que o aquecimento global provem da acção humana e é contra a colocação do urso polar na lista das espécies em perigo.
3. Na energia é a favor do investimento nas novas fontes mas também e sobretudo a favor de mais oleodutos e da energia nuclear.
4. Na educação é contra a educação sexual nas escolas, defende a abstinência antes do casamento, e é a favor do ensino do criacionismo.
5. Faz parte do looby das armas e é contra a proibição de porte de arma na capital dos EUA.
6. É contra o casamento dos homossexuais.
Como podem observar é uma querida...
Tremo só de pensar que isto pode vir a ser vice-presidente dos EUA.
Só por isto tudo, certamente que iria ter uma má digestão e a conversa seria impossível ou acabava à estalada.
Na realidade nunca vi uma candidata a qualquer coisa tão reaccionária. Ou melhor vi, mas tinha de recuar aos tempos da Mocidade Portuguesa.
Não valeria a pena aceitar o jantar.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Afinal o que querem os Portugueses ?

Acabou o tempo de férias.
E lá voltamos nós, de novo, ao noticiário político habitual.
Novidades nenhumas. Parece até que não houve tempo de férias. Os assuntos são os mesmos.
E lá vêem os funcionários públicos com as suas renvidicações, com especial destaque para os professores e outras corporações que têm larga repercussão na Comunicação Social.
E vem o desemprego no sector privado com o encerramento de empresas e/ou outras maquinações de gestão.
E aparecem, de novo, os partidos com as suas "rentrées" a exigir o que acham necessário para dar a volta às dificuldades do País e a aproveitar-se de situações, mormente a segurança,para contabilizar a seu favor o descontentamento popular.
E aparece o Governo e o seu partido a afirmar que tudo corre segundo o previsto e o que não corre já tem medidas apropriadas para a sua resolução.
Mas afinal o que querem os Portugueses ?
Os Portugueses querem tudo o que os possa beneficiar e pouco ou quase nada a que possam ser obrigados.
Os Portugueses querem viver e ganhar à europeia ou à americana mas não querem leis e obrigações à europeia ou à americana.
Querem uma economia aberta e liberal mas não os efeitos das mesmas.
Quere-se tudo o de melhor que os outros têm mas não se quere tudo aquilo a que os outros são obrigados.
Olha-se permanentemente para o Estado como responsável pelo desemprego, mas não se olha para si próprio como responsável pela sua manutenção no desemprego.
Deseja-se uma melhor economia mas exige-se o que a economia não está apta a dar.
Diz-se mal da Educação mas a grande maioria não se preocupa minimamente com a educação dos seus.
Diz-se mal do volume de impostos mas todos procuram e dão-se a ares por fugir aos impostos.
E poderia continuar por todas as outras áreas da governança que se encontraria, decerto, razões e motivos para uma situação e o seu contrário.
Afinal o querem os Portugueses ?
Assim este país parece um circo, muita côr e muita luz, mas também muita dôr humana e muita miséria, e nós, que nele vivemos e olhamos, começamos a pensar que não somos mais do que uns meros e desengraçados palhaços.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Juizes libertam traficantes de armas

Depois digam que é mau feitio ...
Mas andam a brincar conosco, não ?
Bem prega Pinto Monteiro, mas os senhores juizes são mocos.
Depois digam que a culpa é das Leis e do Governo.
Será que aqui também iremos pagar alguma coisa, não em Euros, mas em mais crime ?
E depois quem se responsabiliza ?
Como sempre, ninguém !

Amenta o número de candidatos a padres

Pudera não, com o desemprego que existe os jovens aceitam qualquer coisa ...

Paulo Pedroso ganhou acção contra o Estado

Não o conheço pessoalmente e a única coisa que podia dizer a seu respeito é que tinha sido um belíssimo governante.
Fiquei espantadíssimo com a acusação contra ele formulada apenas porque, defeito humano, aquela figura pública nunca me despertara qualquer animosidade. Mas quem vê caras não vê corações e, daí, dar o benefício da dúvida às autoridades judiciais.
Com o decorrer do processo, que sempre me cheirou a esturro, e com as decisões posteriores da Justiça, mais se foi inculcando no meu espírito que o pobre do homem estava a ser vítima de uma maquinação sabiamente dirigida.
Mas como ele próprio diz, hoje no DN, a Justiça venceu e há que acreditar nela mais do que nunca.
Ora o que isto levanta, neste momento, é que podemos e devemos acreditar na Justiça, mas será que devemos ou podemos acreditar nos seus agentes, ou melhor, indiscriminadamente nos seus agentes ?
Creio que não !
Se fosse um empregado superior de uma empresa privada a dar um prejuízo à sua entidade patronal de 100.000 Euros, neste momento, já estava despedido e dificilmente arranjaria novo emprego com as mesmas atribuições.
Em Portugal isso não se passa na Justiça.
Um qualquer agente judicial, seja qual for o seu cargo, pode cometer os maiores dislates que raramente é sancionado pelas estruturas de que depende.
O que vai acontecer ao célebre, tristemente célebre, juiz Teixeira ?
Nada ! Vai continuar a julgar.
Para ele nada sucede como responsável de arbitrariedades e maus julgamentos, tudo com base numa inimputabilidade mais do que discutível.
E quem fala do juiz Teixeira fala nos outros todos que deram o seu amen a este processo ou no que contribuiram para o mesmo. Inclusivé, a antiga Provedora da Casa Pia. Também ela tem culpas largas neste cartório.
Fico satisfeito pela constante de vitórias de Paulo Pedroso contra os excessos da justiça, não da Justiça, mas só pergunto:
-Quem vai pagar os 100.000 Euros ?
-O Dr. Teixeira, os responsáveis do MP e da Judiciária ?
-Não ! Somos todos nós, os nossos impostos, aquilo que nos custa a ganhar.
Somos nós que pagamos os dislates de certos agentes da justiça, não da Justiça.
Que bom seria se pudessemos pedir o retorno, como nas Finanças, aos agentes responsáveis por má gestão dos processos. A todos !

A Hora da Poesia- Rádio Vizela

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