O PS preparou bem o seu final de congresso.
Em termos de comunicação televisiva cumpriu o seu objectivo. A sua mensagem foi fácil de passar : "Todos juntos, conseguimos..."
Mas, depois de alguma ponderação, nele existem coisas que nos chamam a atenção. Olhemos para umas poucas mas bem visíveis:
-Nunca gostei, nem gosto, de Uniões Nacionais. O encerramento do Congresso do PS tentou fazer esse chamamento à União. Se bem repararam não existiram bandeiras do Partido, o que além de ser estranho, nos dirige, com a utilização única de bandeiras nacionais, para esse conceito amorfo de União de que eu não gosto. Mas surtiu efeito. O Povo gostou. O Povo, hoje, gosta de qualquer coisa desde que seja diferente e possa arredar do poder os incompetentes que por lá pululam.
-É mais do que conhecido que é impossível misturar o que não se consegue amalgamar. Seguro, com o seu discurso de maioria absoluta mais acordos e coligações, volta a remeter-nos para uma União Nacional. Só que é impossível agregar o que por natureza é oposto; nisso, José Manuel Pureza, tem absoluta razão. Além do mais, o apelo revela inconsistência ou previsível aceitação de que o desejado dificilmente é atingível e é necessário deixar abertos os caminhos.
-Seguro tentou fazer o contraponto com o ambiente que se vive no Governo. Ao contrário deste o PS também é um mar de União. Ao chamar para junto de si os adversários de ontem, e estes ao aceitarem a situação, deu uma imagem de que, também dentro do Partido, a União é necessária. Que se lixe a diferença... Mas isso já é do domínio da política e da propaganda.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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