quinta-feira, 31 de março de 2011

Mas não batam só no "Coelho Farsola"...

Temos de ser honestos. O "Coelho Farsola" é o principal culpado mas há mais.
Afinal quando começou esta crise ou melhor, quando foram criadas as condições para o seu início ?
Lembram-se de um "Senhor" que dizia que se não votassem nele o País caía no abismo da falta de credibilidade externa ? Pois é ...!
Esse mesmo "Senhor", através de dois discursos inqualificáveis, deu o pontapé de saída para a crise política em que vivemos e da qual ainda não sabemos a extensão global dos malefícios.
Mas também foi esse mesmo "Senhor" que depois de lhe ter rebentado nas mãos a crise que ele próprio ajudou a criar veio afirmar, com desfaçatez, que havia sido ultrapassado pela velocidade dos próprios acontecimentos. Quem não sabe conduzir não carrega no acelerador...
Mas a História dos sec. XX e XXI se encarregará de lhe fazer o perfil para a posteridade e a fotografia vai ficar certamente desfocada.
Entusiasmado com as palavras do "Chefe", o "Coelho Farsola" atirou-se ao poder ou ao "pote" como infelizmente, e denotando uma completa falta de escrúpulos, classificou o poder.
Teve pouco tempo para saborear a fraca luz de um sucesso efémero tal foi a frieza e a condenação externa e interna com que foi recebida a sua atitude. O "Coelho Farsola" tem o seu destino marcado. Será mais um, dos muitos que por aí já apareceram a ser votado ao esquecimento nas malhas da História Portuguesa sem deixar qualquer rasto.
Mas não podemos ficar por aqui. Existem actores menores.
O da "Lavoura", cuja sede de poder, já que protagonismo consegue angariar a todos junto da Comunicação Social que lhe ampara o jogo, é um "case study" da política portuguesa. Entre um pró e um contra arranja sempre forma de se colocar como necessário a uma coligação que lhe dê hipóteses de um lugarzito num futuro governo da direita. Viu que a corrente estava de maré e acompanhou a "rebelião" na esperança de que lhe sobrem algumas côdeas que lhe garantam a sobrevivência, coisa aliás a que há muito está habituado.
E ainda, outros dois actores, quase que diria apenas figurantes, em todo este processo.
O "Proletário" e o "Sacristão".
Qualquer deles, atirando-se a quem sempre quiseram destruir, fizeram o frete aos outros três.
Sabem bem que nunca conseguiram chegar a lado nenhum mas que, também, é no protesto que encontram o vinho com que embebedam os apaniguados. E agora, na ressaca, quais inspectores das actividades económicas, vêm gritar que em nada são culpados pelos desacatos provocados pelo excesso de bebida e vai daí multam os próprios seguidores com o agravamento das consequências que ,também eles, provocaram.
Tristes figuras de quem, apenas, se contenta em aparecer nos fundos do palco...
Como vêem o "Farsolas" não está sozinho nesta "peça" mas está mal acompanhado. Fazem todos um bom conjunto de responsáveis por aquilo que o povo português vai passar nos próximos anos.
Esperemos que na altura certa quem de direito os saiba penalizar.

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