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Quando hoje fazia o meu passeio matinal, os tais 45 minutos a que o médico me obriga, recordei que, na realidade, todo o meu percurso de vida na cidade esteve sempre ligado a zonas com jardins.
No princípio, junto à Avenida de Berna, era o jardim do Parque de Palhavã, hoje muito modificado, para bem melhor diga-se, e que se conhece por Jardins da Gulbbenkian. Pois aí levava-me a minha Mãe a passear de manhã.Não foram muitas, mas foram as suficientes para eu me recordar, já que era muito pequeno.
Depois, o resto da meninice, a juventude e o princípio da idade adulta, o Campo Grande, junto à Avenida do Brasil onde morei até aos 23 anos. Ai! o jardim do Campo Grande!...ainda bem que não falas!...e não me refiro só ao célebre pato da India que desapareceu certo dia de carnaval.
Por fim, e até hoje, o Jardim Silva Porto, no centro de Benfica, para onde fui residir quase a seguir ao casamento.A primeira casa era até um andar bem alto(6º.) num prédio acabado de construir mesmo em frente.Pois foi o jardim dos meus filhos e das suas actividades, e hoje voltou também a ser o meu e de mais uma dúzia de rapazinhos e raparigas da minha idade ou mais velhos que quase diariamente fazem ali o seu jogging matinal.
Como vêem, sempre tive um jardim ao pé de mim nesta cidade.Sempre fizeram parte do meu dia a dia e das imagens do quotidiano. Tal e qual como o Rio e o Mar.
Coisas boas de quem aprendeu a viver numa metrópole imensa e conhecê-la e a esquadrinhá-la.
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