sexta-feira, 27 de junho de 2008

Uma confissão


Por razões que ainda hoje me escapam, passei a mim próprio um atestado de pequenez, eu que julgava que, dentro das minhas limitações,até era capaz de ter uma cultura minimamente acima da média.
Pois bem!
Numa daquelas "feiras do Livro" que se multiplicam e ainda bem pela cidade de Lisboa, mas tendo como característica o estarem dedicadas aos chamados "rabos de edição", encontrei o livro que aludo na imagem.
Onde andei eu tanto tempo a esquadrinhar livrarias e alfarrabistas (o meu desporto favorito depois dos ccaracóis à moda da minha Avó), e nunca me tinha dado por semelhante obra.
Por favor, quem tem filhos, ou com maior importância hoje em dia, quem tem netos, ajudem-nos a percorrer com coerência os meandros da leitura. Se não sabem, peçam ajuda!
Ainda hoje sinto as palavras enaltecedoras de uma sobrinha que afirmava que uma Bibliotecária de uma instituição de Cascais tinha sido importantíssima no seu percurso literário.(Repararam bem que "bibliotecária" está escrito com letra maiúscula.É que esse é um dos principais objectivos da sua actividade-Dar a conhecer.
Santa Senhora.)
E já agora, se não conhecem, corram a ler, e perguntem a Vós próprios como é actual.

2 comentários:

Leonor disse...

Reconheço que tive algumas sortes, a da Bibliotecária e a da mãe, que mais tarde, funcionou como se fosse a Bibliotecária, com uma estante repleta de Simone Beauvoir, Sartre, Marguerite Duras, Agatha Christie, Eça de Queiroz, livros que devorei aos 15 como se já tivesse passado dos 20 ... beijoquinhas.

Miguel Gomes Coelho disse...

É isso, Mlee,
para que não se passe o mesmo que comigo, em que sozinho andei à procura de um destino (mesmo o literário) porque nunca tive a tão desejada e necessária tutoria, na fase mais importante da minha construção.
O exemplo que me deste, assim como o que me foi transmitido pelo próprio Saramago
(foi nas Bibliotecas Municipais e outras que fez a sua instrução de leitura, à falta de posses para ter uma biblioteca caseira própria), era o que eu queria transmitir aos pais e avós de hoje.
Sabes, eu ando muito pelas ruas e pelos jardins, e só vejo "putos" com jogos electrónicos e raramente com livros. E os papás e os Vóvós estão todos contentes porque os "putos" estão felizes e não chateiam.Estam-se a demitir face à facilidade. Amanhã estes mesmos miúdos vão ter os mesmos problemas de educação cultural .
Obrigado pelas dicas e por te teres reconhecido no meu post,pois eras mesmo tu.
Beijos.

A Hora da Poesia- Rádio Vizela

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