De novo chamo a atenção para os artigos do Padre e professor Anselmo Borges no DN.
No de hoje, e relembrando o Bispo de Olinda e Recife D. Helder da Câmara, afirma que o mesmo nunca teria excomungado os responsáveis pelo aborto na pequenita de 9 anos violada pelo
padrasto.
Na realidade, no centenário do nascimento de D. Helder, era bom que que se meditasse sobre o seu exemplo de vida e como pastor.
D. Helder foi um verdadeiro pastor dos pobres, defensor inabalável dos direitos humanos.
Segundo Anselmo Borges, dizia D. Helder da Câmara que lhe chamavam santo quando dava comida aos pobres, mas apelidavam-no de comunista quando perguntava porque eram pobres.
Era defensor de uma Igreja pobre e praticava o que defendia. Fez parte, e foi dinamizador, do "Pacto da Catacumbas", realizado em Roma aquando do Concílio Vaticano II, tendo por base os mesmos conceitos já referidos.
Foi um dos defensores da "Teologia da Libertação" que o reaccionarismo vaticanista tanto atacou.
O padre Anselmo Borges voltou, de novo, a dar-nos um magnífico texto e a relembrar uma grande figura da História da Humanidade.
É bom lê-lo .
Quando acabava este texto chamou-me a atenção uma nova notícia sobre o assunto:
A Igreja brasilerira volta atrás na excomunhão da mãe da criança, mantendo-a contudo relativamente aos médicos por, supostamente, a terem pressionado a aceitar o aborto da filha.
Tentaram limpar parte da asneira, mas mantiveram o essencial. Se os médicos não tivessem pressionado a mãe poderíamos vir a ter uma criança morta aos 9 anos devido a uma gravidez criminosa com a qual a igreja católica é complacente.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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