Sou e fui durante toda a minha vida profissional no activo membro de um sindicato.
Sou do tempo de um Daniel Cabrita que foi preso pela PIDE e das manifestações dos bancários na baixa lisboeta enfrentando a polícia de choque do conhecido comandante Maltês ou as badaladas assembleias gerais do mesmo sindicato cheias de empregados a mais não caberem no recinto..
Por isso talvez tenha da luta sindical um conceito quase romântico.
Mas o que não sucedia nessa altura era a falta de ética que verifico hoje em dia.
Naquela altura lutava-se por um ideal e era-se frontal e pagava-se caro o atrevimento.
Hoje, e passando já ao assunto, um recém empossado presidente de um Sindicato de Magistrados do Ministério Público afirma que sabe de um crime mas não o denuncia.
Aquele senhor diz saber de pressões sobre magistrados (crime) de determinado processo mas não pode falar por ser grave demais.
Qual quê !
Por dever de ética, e sobretudo profissional, é obrigado a revelar o crime de que tem conhecimento a não ser que queira ser acusado de coisa pior.
No meu tempo tinham-se as costas o suficientemente direitas para assumir as nossas responsabilidades e as nossas palavras.
Hoje, e sabe-se lá com que intuito, dizem-se coisas sem se esperar consequências nem ter de fazer prova.
Espero que, a única pessoa em que acredito no meio disto tudo, o senhor Procurador Geral da República tenha a força suficiente para pôr este senhor a falar e se ele não tiver nada para dizer, já que contraria o que, ele próprio (PGR), seu superior hierárquico tem informado publicamente, de que não existem pressões sobre os magistrados de determinado processo, que o mesmo seja sujeito ao competente processo disciplinar por faltar publicamente à verdade, acto extremamente gave para um detentor de tal cargo.
Esperemos a evolução dos acontecimentos.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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