Não ponho, quem sou eu, em causa a competência dos 28 ou 30 economistas que pedem, agora, a reavaliação dos projectos de obras públicas por parte do executivo.
O que salta à vista, contudo, é que o nosso país é a terra dos eternos estudos e porquê ?
Porque sempre que terminados uns logo se levantam dúvidas, por parte de outros técnicos, quanto à sua valia técnica.
Dá vontade de perguntar :
Mas quem fez os estudos também não eram técnicos avalizados para o efeito ?
Claro que eram, mas não eram certamente aqueles de seguida levantam os problemas, que sendo chamados a dar pareceres, quando os terminarem, também serão postos em causa por ainda outros técnicos ou somente pelos primeiros.
E assim vamos continuando a estudar e a resolver completamente NADA.
Acresce e bem, como o disse Mira Amaral, que alguns destes projectos, mormente o TGV, já vêm de 2000, tendo ultrapassado três governos de dois partidos diferentes, sendo o actual o único que teve a coragem de dizer faça-se.
E talvez seja isso que tenha levantado tantos problemas. Então um governo teve a ideia peregrina de finalizar um processo e dar voz de partida ao mesmo ? Um completo desaforo !
Mas partindo do principio que se deve reavaliar, então seria bom que os doutos 30 economistas dessem um contributo efectivo para a reflexão, não se esquecendo, depois, de dar também as medidas acertadas para criar condições para resolver o problema do desemprego, da segurança social, da saúde, etc. Não queremos ouvir mais teoria; queremos sobretudo aplicação prática.
Mas uma coisa é certa, quando a reflexão dos doutos 30 acabar, outros 30 ou 300 virão dizer que não é assim e que é necessário estudar o estudo que foi acabado de fazer.
E continuaremos nós a ser permanentemente um país adiado onde não se consegue dar seguimento a uma simples frase : FAÇA-SE !
Por outro lado desconfio que a grande maioria destes senhores não dará o menor contributo para a reflexão.
Primeiro, porque efectivamente o que pediram, foi que o executivo fizesse uma reflexão séria. Quer dizer, quem faz a reflexão é o executivo. Quando essa reflexão acabar eles cá estarão para dizer que está mal e que é necessária uma nova reflexão.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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