domingo, 24 de janeiro de 2010

Em seguimento...



SUSPIRO

Minha alma demanda, ó irmã tão serena,
Tua fronte onde sonha um outono sardento,
E o errante céu do teu olhar angélico,
Tal como a suspirar, num jardim melancólico,
Fiel, um jacto branco sobe para o Azul !
- Para o Azul de Outubro pálido, terno e puro,
Nos lagos a mirar o langor infinito :
E deixa à flor da água  onde a fulva agonia
Das folhas voga ao vento abrindo um frio sulco
O sol quente a arrastar seu longo raio ruivo.

Stéphane Mallarmé - Poesias
Ed. Assírio & Alvim

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A Hora da Poesia- Rádio Vizela

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