«Fosse com referendo ou sem referendo, dá-me a impressão que há uma precipitação e que toda a ponderação de um assunto tão transcendente era necessária», afirmou Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, citado pela TSF.
Morujão defendeu que «não deve haver iniciativas legislativas para legalizar» o casamento homossexual, sublinhando no entanto que «não é contra as pessoas homossexuais», mas antes contra a equiparação do casamento a outro tipo de união.
«Se tudo é igual a tudo, tudo desvalorizamos», reforçou.
(Notícia SOL-online)
Mais uma vez a CEP à semelhança do sumo pontífice da ICAR vem meter-se onde não é chamada.
O problema da legalização do casamento das pessoas do mesmo sexo é de natureza civil, pertence ao Estado.
Mas a frase acima diz tudo acerca do que pensa a CEP.
«Se tudo é igual a tudo, tudo desvalorizamos»
Quer dizer :
Se os homens são todos iguais , desvalorizamos todos ? A não ser que uns sejam mais iguais do que outros.
Nós sabemos que na ICAR é assim, mas a ICAR é uma monarquia teocrática e não uma democracia como a República Laica Portuguesa.
Se os homens e as mulheres são iguais em direitos, desvalorizamos o quê ?
Nós sabemos que na ICAR é assim, mas a ICAR é uma organização religiosa em que as mulheres não têm os mesmos direitos que os homens.
E por aqui podíamos continuar uma mão cheia de argumentos que desacreditariam as já desacreditadas teorias expressas pela CEP e pelo seu guru máximo no Vaticano.
Estes senhores continuam a pensar que podem, a seu belo prazer e utilizando todos os meios que lhes são postos à disposição, afrontar os poderes instituídos da República - Governo e AR - para o que ninguém lhes declarou legitimidade.
No ano da Comemoração do 1º. Centenãrio da Implantação da República Portuguesa talvez não seja mau lembrar à CEP e à ICAR que coisas existem que um Estado não pode aceitar - a interferência das organizações religiosas nos assuntos que apenas ao Estado dizem respeito. E têm bons motivos para acreditar nisso...
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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