Não misturar alhos com bugalhos
Esta manhã, ouvido pela TSF, Manuel Alegre explicou a questão da alegada publicidade ao BPP. Ainda mais esclarecedores foram os depoimentos de Nuno Artur Silva (gravado) e de Pacheco Pereira (não gravado) também na TSF. Convém, portanto, reter os seguintes pontos:
1. Foi pedido, pela agência BBDO, a inúmeras figuras públicas que escrevessem um texto literário em que fosse abordada a sua relação com o dinheiro.
2. Como fez questão de frisar Nuno Artur Silva, em nenhum momento foi transmitido pela agência em causa que os textos literários seriam usados em publicidade. O director das Produções Fictícias admitiu, entre outras hipóteses, que os textos fossem canalizados para um suplemento, com o patrocínio do BPP, de um jornal.
3. Quando Manuel Alegre viu o seu texto aparecer, à semelhança dos textos de muitas outras figuras públicas, numa campanha de publicidade, exigiu à agência que o seu fosse retirado da campanha, o que aconteceu.
4. Ainda assim, foi-lhe depois enviado um cheque de 1.500 euros para pagamento do texto que escrevera. Manuel Alegre devolveu de imediato o cheque.
5. Sendo Manuel Alegre deputado, a Comissão de Ética da Assembleia da República não questionou nunca o comportamento de Manuel Alegre.
Tudo está bem quando acaba bem.
(Agradecimentos ao "Camara Corporativa"
http://corporacoes.blogspot.com/2011/01/nao-misturar-alhos-com-bugalhos.html)
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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