O meu amor deu-me um beijo
e nasceu um rio de madrugadas
que desaguaram sobre o peito.
Um renascer
em que se adormece ao sol do sonho
deitados de costas no chão
respirando o hálito fesco da terra ainda húmida.
Bendito campo
pobre de terra mas cheio de vida
que acena aos pássaros com as suas mãos de espiga
e agradece às raizes o dom da seiva.
Hoje,
os rios libertam as sereias
e o seu canto de harpa mágica
e as colinas rasgam o céu
com a força desmedida da terra-mãe.
O meu amor está em festa
cumpre-se a vida na colmeia
renasce o sol
e quere-se a lua.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
sábado, 12 de julho de 2008
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4 comentários:
excelente!
andam aí tudos à volta da sex life das abelhas que somos enquanto ainda não terminaram o capítulo sobre o beijo... bom domingo!
Bem verdade, mas entretanto deseja-se a Lua, seja lá o que isso representa...
Atento, venerador e obrigado...
Ai ... um dos meus temas preferidos :) o beijo. Lindíssimo.
Obrigado, mlee, ainda bem que vais gostando.
Quanto ao beijo, se na maioria das vezes é o princípio de alguma coisa muitas outras é o fim disso ou de tudo....
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