quinta-feira, 10 de julho de 2008

Re(a)cordar

Ao anoitecer,
quando os homens, como os pássaros,
se despenham nas suas árvores
o cheiro primaveril das flores roxas,
aponta para uma outra vereda.

Um de novo encher o peito,
um recobrar primário dos sentidos
poluídos nos caminhos entre os espelhos,
entre as mãos e os olhos
e pelo esquadrinhar dos desejos.

Só depois,
o submergir no mar do sono,
numa calma sem fantasmas.

4 comentários:

Rocket disse...

bela descrição da vigíla, estado zero ou latência do sono...

isso são tudo sensações devidas às drogas secretadas pelo cérebro...

...O hormónio do crescimento (GH) pouco...só a partir do estágio 4 do sono NREM

...renina

...prolactina...

...TSH

agora a sério, excelente poema. queremos mais... e deve haver, quem escreve poesia assim, decerto que não é o primeiro...

Leonor disse...

Hehehehe ... Não resisto comentar os dois ...
Tio, obrigado por aceder ao meu pedido .. é lindo, mais um ... um descolar do sono ... adorei.

Rocket, eh pá tu e as drogas ... hahahah ... aqui entre nós que ninguém nos ouve ... não, não é o primeiro :) e, via de regra, são lindoooossss!
Jocas.

Miguel Gomes Coelho disse...

Rocket,
Obrigado pela crítica.
Cada coisa a seu tempo.
Mais coisas virão.

Com os protestos da mais elevada consideração.

Mlee,
Tu és uma fã incorrigível.
Adoro-te.

Rocket disse...

mlee

não durmas muito... as casa têm tecto.. : )

sorry t.mike...

A Hora da Poesia- Rádio Vizela

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