Eu, que sou um rapazinho já na casa dos sessenta, tenho o gosto, e isso ainda posso dize-lo, de me poder recordar da existência de homens/mulheres políticos com a inteireza e consistência moral e política necessárias para serem considerados como proclamados dirigentes políticos e não como responsáveis de clubes desportivos da política.
E, meus Senhores, eram diferentes.
Como sou do tempo a que o Continente hoje faz publicidade, no que respeita ao açúcar, arroz e massas, também o sou dos homens e das mulheres que se punham em causa, e aos seus, com a sua actividade política.E se era difícil e tinha consequências.
É por isso que , hoje em dia, muito embora possa divergir ou não estar totalmente de acordo com as posições de alguns, não deixo de os considerar pessoas inteiras e com declarado valor político e social.
Serve este intróito para recordar pessoas que conheci (aprendi a ver)na minha juventude, felizmente ainda vivas algumas, como o Dr. Adriano Moreira, o Dr. Mário Soares, O Dr.Emídio Guerreiro, etc.
Pessoas a quem não era necessário, nem é, de chamar de Professores para se saber que o são, nem a quem era necessário aparecer em revistas populares para serem mundialmente conhecidas.
Homens como estes, e felizmente mais existem neste país de invejosos, nunca necessitaram de televisões para se afirmarem politica e publicamente, nem de andarem pelas feiras a dar beijinhos nas criancinhas.
Não é o que se passa hoje na comunicação social, seja ela escrita , visual ou radiofónica.
A grande maioria não é conhecida pelos seus actos políticos nem, e o que era mais importante ainda, pelo seu trabalho enquanto governantes.
Daí que faça, no título, a diferença entre Senadores e outros Senhores.
Todos me merecem o maior respeito enquanto cidadãos.Nem todos me o merecem, contudo, enquanto políticos.
Mas dir-me-ão:
-Não existem hoje valores capazes de vir a ombrear com esses homens do passado?
-Existem sim senhor!
Mas não certamente aqueles que são promovidos publicamente e de forma única pela Comunicação Social de conluio com os directórios partidários ou, maldosamente, dos clubes desportivos partidários.
Senadores, meus Senhores, serão homens de estado e com provas dadas.
O resto, e como diz o Povo...é conversa...
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
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2 comentários:
muito bem!
já escrevi sobre isso, em "o diabo é um gajo porreiro", mas sublinhei bem uma pergunta: onde estão?
acredito que os haja, se o afirmas. sendo assim, espero bem que apareçam, precisamos deles... urgentemente.
um abraço
É como as bruxas espanholas:
-Pero que las hay, las hay...
Atento,
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