morrem de fome duas crianças.
Desfalecem silenciosamente;
já nem forças para sofrer
e morrem lentamente.
E eu sei
e sinto uma profunda vergonha
e não consigo dormir
mesmo de olhos fechados.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
www.mixcloud.com/Radiovizela/hora-da-poesia-entrevista-a-miguel-gomes-coelho-10072019/?fbclid=IwAR095cmi1MHhzKytias_ssHY3hooCm5P2TqODIjm7w...
3 comentários:
Caro Miguel
Bonito e triste poema.
Infelizmente todos "dormimos", uns de olhos abertos e outros de olhos fechados, não resistimos a esse sono da impotência. Uns com vergonha, outros sem ela.
Eu também tenho vergonha. Muita.
Um abraço
Obrigado, Manuela,
mas também é verdade, que passados os momentos de desilusão, ainda vamos encontrando forças para combater/denunciar o caminho da vergonha, não é ?
Um abraço também
É verdade, Miguel, ainda bem que o é!
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