Não vou entrar na polémica já estabelecida quanto à beleza arquitectónica do edifício.
Há quem lhe chame "mamarracho", há quem ache interessante, futurista, avançado ou até sem dignidade para um templo.
Não discuto isso, embora possa afirmar que não me choca e o que deve interessar aos crentes é o que se passará no seu interior.
O que pergunto é qual a necessidade de um novo templo católico em Lisboa, numa época de recessão de actividade religiosa e de cada vez maior afastamento das populações .
O que pergunto é o porquê de uma comparticipação de cerca de 25% do milhão de euros já reunido por parte de uma Câmara Municipal de Lisboa a braços com enormes dificuldades financeiras, tendo cedido igualmente o terreno, após permutas; decisões, aliás, tomadas no tempo da presidência de Santana Lopes.
O que me faz confusão é esta vontade de construir novos templos em Lisboa, já que também está considerada a edificação de uma nova catedral na zona da Expo, para já não falar na prevista basílica de Santo António no Alto do Parque Eduardo VII.
Se a igreja católica deseja novos edifícios para o culto nada tenho contra, mas que os pague sozinha, já que são para sua utilização exclusiva.
E como cidadão de Lisboa, e não crente, porquê o estar a contribuir com os meus impostos para a realização de uma obra na qual não encontro o mínimo de utilidade pública, aquela, a necessária, que é a de providenciar a melhoria da vida (efectiva) dos munícipes mais desfavorecidos.
Tem piada que aqui, e fundamentalmente os bispos e demais apaniguados, não pedem que seja feito um referendo na autarquia para que o povo de Lisboa se pronuncie sobre a necessidade do(s) projecto(s). Nisso não querem falar e consideram, certamente, que a decisão administrativa da Câmara chega para que o assunto avance.
É pena que não tenham a mesma posição quando se fala da Assembleia da República.
4 comentários:
Balhanosdeus!
:))
mdsol,
mas balhanos mesmo !!!
:-)))
E tanta miséria por aí!...
Santa hipocrisia!...
Pois é, Amigo,
faz o que eu digo, não faças o que eu faço. É que ao mesmo tempo que gastam em coisas de que não têm necessidade, apenas espavento, andam pelas ruas fazendo peditórios para organizações suas que necessitam de fundos.
Saudações.
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