1 - Carta para não mandar
Dispenso-a de comparecer na minha ideia de si.
A sua vida (...)
Isso não é o meu amor; é apenas a sua vida.
Amo-a como ao poente ou ao luar, com o desejo de que o momento fique, mas sem que seja meu nele mais que a sensação de tê-lo.
(Textos de ficção poética e reflexão - Textos não datados)
4 comentários:
Onde é que eu li isto?
Não consigo lembrar-me, Miguel. Tenho que dar uma volta pelos livros para ver se o tenho anotado.
Um abraço.
Maria Josefa,
já encontrou ?
Na minha edição. corresponde ao primitivo Livro-projecto, ainda não atribuído a Bernardo Soares, textos entre 1912-1914.
De qualquer modo, e existe mais "uma carta para não mandar", achei extremamente interessante e revelador este texto.
Um abraço.
Miguel, ainda não encontrei.
Não sei se lhe acontece também a si; eu vou procurar uma coisa e, entretanto encontro outra que me parece excelente para publicar, que foi o que fiz, e às tantas ou já não sei o que procurava ou não consigo encontrar.
Vai ver que quando não o procurar ele surgirá na minha frente.
Um abraço.
Oh, se acontece, Maria Josefa...
O pior é com as palavras quando se está a escrever e falta aquela tal que a gente queria e que naquele preciso momento resolveu ir dar uma volta...
Mas, no meu caso, já é da idade... :-)
Um abraço.
Postar um comentário