Uma gota de chuva, que trespassa
Os telhados e os tectos, vai tombar
No meu escuro quarto, onde esvoaça
A sombra do silêncio... E fico a olhar
A chuva, triste e fria, na vidraça,
E a candeia de azeite, a desmaiar,
Ao vento, que abre as portas, quando passa,
E aviva a cinza extinta do meu lar !
E que impressão me faz aquela mágoa,
Aquele som de dor que exala a água,
Depois de andar em núvem fugitiva...
E de repente, sem saber porquê,
Condenada a cair, assim se vê,
Na forma de uma lágrima cativa.
Teixeira de Pascoais - As Sombras
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
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