PE vota contra resolução que condenava Marrocos sobre Aminatu Haidar.
Todos os homens são livres e iguais em direitos; e todavia, alguns são livres para morrer à fome e iguais para morrer de frio. (António Soveral-1905)
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
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A Hora da Poesia- Rádio Vizela
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As "Alegações finais" de Alfredo Bruto da Costa, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, sobre a fome no nosso país, e publ...
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E volto aqui sempre que posso, enche-me o peito... E cada vez mais do que nunca...
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Duvida sempre de quem se declara mais honesto que os outros. ("Para serem mais honestos do que eu têm que nascer duas vezes" ...
12 comentários:
Vergonha, sem dúvida.
A Nova Ordem Mundial não se compadece com actos de Heroísmo Humano, venham de que canto do Mundo vierem. Sinto-me envergonhada, por pertencer a uma época, em que os Direitos Humanos estão a ser esmagados, para que uma ditadura tecnocrática, governada por tiranos se tenha estabelecido, uma minoria no entanto e que as maiorias tenham estado a "dormitar" até ao ponto de não retorno. Barriga cheia dá moleza (Países ricos) e vazia demais, dá fraqueza (Países pobres)...
Agora teremos de nos consciencilizar, que daqui para a frente, somos apenas escravos de tecnocratas, gananciosos medíocres e tiranos.
Gandhi ainda conseguiu mover massas, com a sua persistência... mas os tempos eram outros... a tecnocracia estava apenas nos primórdios.
Desculpe o meu pessimismo, mas sempre fui... desde tenra idade, que me apercebo que o mal do Mundo está resumido a uma frase de Luther King:- "o que me preocupa, não são os homens maus mas sim o silêncio dos bons".
Tiveram todo o cuidado em silenciar-nos... até quando? continuamos sem reacção e porquê? eis o problema.
O Tratado de Lisboa segundo o que li, esmaga quase completamente os Direitos Humanos.
Estamos na Era do Império Global
Queria mesmo estar enganada...
Um abraço.
Fada do Bosque,
tudo isto é muito complicado. Nada é líquido nem transparente. Tudo carece de acordos que limitem os danos.
É assim a política internacional nos nossos tempos de hoje.
Mas, também, ninguém é cego.
Acreditemos que háo-de aparecer, de novo, grandes dirigentes políticos internacionais, capazes de olhar o interesse dos povos sem os suplantar pelos interesses.
Um abraço.
Nem imagina como essas suas palavras, me aquecem o coração! :)
Obrigada T. Mike... é que precisava de as ouvir. :)
Um grande ABRAÇO.
Lamento, MGC, mas o seu post é falso! O PE não votou contra qualquer resolução. O PE decidiu, por maioria, não proceder ao voto sobre a resolução em causa. Isto porque a maioria concordou com o argumento de que notícias de última hora davam conta de negociações intensas que apontavam para um solução do caso, as quais poderiam ser postas em causa, pelo que seria melhor esperar para ver.
Pode-se discutir o fundamento de se ter retirado a proposta de resolução da ordem de trabalhos. É uma decisão controversa, sem dúvida (por acaso, horas depois era anunciado o regeresso de Aminatu Haidar...).Mas não se pode dizer que o PE votou contra. Porque é falso.
Também é totalmente falsa a afirmação de Fada do Bosque segundo a qual"O Tratado de Lisboa segundo o que li, esmaga quase completamente os Direitos Humanos.
Se leu isso, aconselho-a a ler o Tratado. Ou o relatório do PE sobre o Tratado. Não compreendo como gente que se pretende esclarecida pode embarcar em alarvices destas. O TL, que dá valor jurídico igual ao do próprio Tratado à Carta dos Direitos Fundamentais? Que obriga a UE a aderir à Convenção Europeia dos Direitos do Homem? Que afirma no seu artigo 2 que a UE se funda "nos valores do respeioto pela dignidade humana, da liberdade, da democracia, da igualdade, do Estado de Direito e do respeito pelos Direitos do Homem, incluindo os direitos das pessoas pertencentes a minorias..."? Que estabelece que a UE na sua acção exterior deve "promover "os Direitos do Home"...? Quase esmaga os "Direitos Humanos? A úncia coisa esmagada nesta história é a inteligência de quem escreve coisas semelhantes...
Hy,
gosto muito que me interpelem no que escrevo.
Não gosto , nem aceito, que os comentários dos meus seguidores ou, mesmo, as minhas, sejam considerados "alarvices".
Por isso, embora o seu comentário me merecesse-se comentários e até refutação, por uma questão de respeito para com quem frequenta este blogue não lhe respondo.
Saudações, por enquanto.
Tenho o maior interesse em entrar em diálogo mas com regras, e a maior delas é o resoeito pelos outros.
Se quizer reformular o seu texto, responderei certamente.
OK, MCG, retiro a palavra "alarvices" - não tinha a mínima intenção de ofender quem fosse, mas apenas sublinhar o absurdo da afiormação em causa - e substituo-a por um termo que seja compatível com a sua linha editorial: disparate, inverdade, o que quiser, para significar que a afirmação referida é totalmente desajustada da realidade (e profundamente chocante, na minha opinião). Para cuja justificação aduzo alguns argumentos, como pôde verificar, extraídos directamente do RL e não por "ter lido" ou "ouvido dizer".
Mas no que se referia ao seu post, não creio que alguma expressão possa entrar em choque com a sua sensibilidade. Mantenho o que disse, o conteúdo do seu post é falso, porque não foi isso que se passou. Foi mall informado ou expressou-se mal. Pode comentar?
Permita-me acrescentar que eu não atribuí qualquer alarvice à Fada do Bosque (faltaria, não se trata de agredir que se exprime correctamente), mas sim expressei a minha estranheza por ver pessoas que se pretendem (e acredito que sejam) esclarecidas "embarcar em alarvices destas"...Queria dizer na minha, como se pode acreditar em coisas tão absurdas, que se propagam por aí, sem ter o cuidado de proceder a um mínimo de verificação?
Muito obrigado HY, pela reformulação.Como deve ter reparado no títuloo do meu blogue está escrito " Liberdade com L maiúsculo". Isso tem obrigações, que considero que respeita, já que fez o que lhe solicitei, para uma boa contrinuação da nossa conversa. Bem haja por isso.
E, posto isto, vamos por partes ...
Como deve calcular não sou deputado ao PE nem tão pouco jornalista credenciado junto do referido organismo. Falo pelo que leio nas notícias das agências e/ou jornais que me merecem credibilidade, e olhe que quase todos, para não dizer todos, me merecem, sempre, um momento de reflexão sobre as notícias que publicam.
Se reparar, na minha resposta à `"Fada do Bosque" eu disse (sic)
"...tudo isto é muito complicado.Nada é liquido e transparente. Tudo carece de acordos que limitem os danos.É assim a política internacional nos tempos de hoje".
Que quererá isto dizer ?
Pois, quer dizer que, a fim de não tomar uma posição que pudesse pôr em causa as relações bilaterais com Marrocos, aliado norte africano da Europa, preferiu-se não votar uyma resolução condenatória.
Nos tempos da outra senhora, que eu bem vivi, dizia-se que em política o que parece é.
Estamos na mesma.
A hipocrisia deste não voto equivale a um voto contra.
Nada tenho a ver com os conceitos e opiniões que são expendidos pelos meus leitores, como não terei com o seus, que também publico. Por isso, as opiniões da minha querida companheira "Fada do Bosque" apenas a ela podem ser assacados e não a mim. Contudo, e se bem ler a minha resposta, apenas faço referência, (não faço coro das opiniões), à necessidade de que na Europa apareçam a breve trecho verdadeiros líderes capazes de levar este projecto, o europeu, que defendo, até às últimas consequências.
Como vê até podemos estar de acordo no essencial.
Agora !
Há uma coisa pela qual eu tenho o maior respeito e que ultrapassa qualquer teoria política - Os Direitos Humanos -.
O respeito pelos Direitos Humanos enforma muitas ideologias, mas nem todas as cumprem. Para muitas é assim um mais ou menos conforme dá jeito. É isso que eu não quero ver na minha Europa: nem a hipocrisia do mal menor face à diplomacia.
Marrocos necessitava de ser condenado e não foi.
A Europa perdeu, mais uma vez, a oportunidade de se colocar na vanguarda em relação ao resto do Mundo. Uma vez mais, e perdendo a face, como tem continuamente acontecido, a Europa ficou-se nas meias tintas de uma política do correcto não do essencial.
Creio que o texto já vai longo e dá para entender a minha posição de homem comum que anda nas ruas todos os dias e ouve toda a gente, aquela que lê os jornais e não as actas da comissão ou do parlamento europeu.
Estarei disponível, e gostarei de continuar a ter a sua opinião.
Saudações.
Caro MGC,
Em teoria estou de acordo consigo. Marrocos devia ser condenado e(ainda?) não o foi. Mas, na altura, o argumento utilizado não foi o de proteger o aliado (olhe que noutras ocasiões o PE já condenou este e outros aliados). Correcto ou não, o argumento utilizado foi o de que haveria negociações na eminência de produzirem resultados positivos (os factos confirmaram-no) e que aprovar a condenação naquele momento poderia ter efeitos contraproducentes... por vezes também é bom baixar um pouco do plano geral e abstracto ((os Direitos Humanos) para o plano concreto (naquele caso, o direito à vida de Aminatu Haidar, em perigo eminente).
Aparentemente, os que defenderam o adiamento até tiveram razão...mas isso não impede o PE de voltar à questão e de condenar Marrocos, certamente em termmos diferentes do que os que constariam da resolução afinal não votada (que quase todos os grupos políticos tinham negociado entre si, segundo creio).
Por favor, não faça equivaler estes factos a ter o PE votado contra. Isso significaria desautorizar a luta de Aminatu, a "deixá-la morrer".... Não foi isso que sucedeu.
Talvez a sua "sede" de justiça o leve a achar que o infractor afinal escapou, coisa em que de algum modo eu concordo consigo.Mas às vezes, como dizia, há que atender ao caso concreto. Prefiro assim do que estarmos agora todos a condenar veemente Marrocos por Aminatu ter morrido...(não estou a dizer que era o que sucederia se a resolução tivesse sido votada).
Por outro lado, é por acreditar no projecto europeu (talvez menos nos homens de liderança) que me insurjo contra as falsidades que intelectuais e opinion makers vão por aí bolsando sobre o tratado de Lisboa (isto não é para si, obviamente). Que ele não é o que se calhar a Fada do Bosque gostaria, eu gostaria ou o MGC gostaria é uma coisa. Mas lá que está muito longe de ser o tenebrosos pacto que alguns dizem, isso também é verdade. E lamento que as pessoas acreditem em tamanhas falsidades, como aparentemente sucede com a Fada do Bosque. Trata-se do tratado europeu que mais importância deu até hoje aos Ditreitos humanos...e há quem acredite que os "esmaga"...é difícil de aceitar tamanha desinformação.
Espero ter o prazer de poder argumentar consigo sobre temas europeus no futuro.
Um acrescento. O problema é precisamente esse...os jornais...quando se trata de assuntos europeus, a informação é geralmente muito má, não por maldade, mas por incompetência. Tratam-se de matérias distantes e frequentemente complicadas...e os media não têm investido o necessário na formação dos seus jornalistas em matérias europeias...continuam a pensar que se trata de política externa...mas não é. É a nossa realidade quotidiana.
HY,
Estarei à sua disposição para, dentro dentro dos meus limites, discorrer sobre o tema.
Obrigado pelos seus comentários.
Tudo de bom para 2010.
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